terça-feira, 10 de maio de 2011

Fichamento -5

Gincana

CAYEl,L;ALENCAR,k;PIZZOL,M.M.D.Roberto FredaArq. Bras. Oftalmol. vol.73 no.3 São Paulo jun. 2010



“A primeira descrição de doença inflamatória corneana progressiva, eritroderma difuso hiperceratótico e surdez neurossensorial foi feita por Burns, em 1915. Posteriormente, em 1981, estas alterações foram reconhecidas como uma displasia ectodérmica congênita rara, a síndrome KID - ceratite (K), ictiose (I) e surdez neurossensorial (D)(1). Outros achados incluem alopécia, distrofia de unhas, anormalidades dentárias, maior risco para desenvolvimento de carcinoma de células escamosas e maior suscetibilidade para infecções bacterianas e fúngicas”.(Pág.85)

“Estudos descrevem que 95% dos portadores da síndrome possuem comprometimento ocular. Fotofobia, irritação ocular, lacrimejamento e baixa acuidade visual decorrente da neovascularização corneana são os principais sintomas associados(6). As manifestações oculares da síndrome KID ocorrem geralmente na infância, após o surgimento das alterações cutâneas e auditivas. Portanto, o acrônimo KID pode não estar completo nas fases precoces da doença(7)”.(Pág.86)

“O tratamento ocular na síndrome KID é sintomático, não havendo ainda descrição de drogas ou tratamento cirúrgico que possam modificar o curso e prognóstico dessa doença. Lágrimas artificiais e agentes anti-inflamatórios como corticóides tópicos e ciclosporina A têm sido utilizados, com respostas variáveis(6). Procedimentos cirúrgicos incluindo ceratectomia superficial, transplante alógeno de limbo, uso de membrana amniótica e ceratoplastia lamelar e penetrante têm sido realizados sem sucesso”.(Pág.86)

“Embora o prognóstico geral da síndrome KID pareça ser bom, é necessário acompanhamento multidisciplinar precoce e a longo prazo dos indivíduos acometidos. Deve-se atentar para a maior suscetibilidade a infecções e risco aumentado de desenvolvimento de tumores malignos, particularmente carcinoma de células escamosas”.(Pág.87)

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